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Luís Simões desvendou, no PIH, a forma como as emoções condicionam a produtividade

O modo como o nosso estado de espírito influencia as decisões do dia a dia foi o mote para uma sessão que teve tanto de descontração como de reflexão e autoaprendizagem. Nesta edição, conduzida por Luís Simões, não restam dúvidas de que o City Café cumpriu o seu desígnio de ser o ponto de partida para uma reflexão que, muito provavelmente, terá continuado nos locais de trabalho, e nas próprias casas, de quem esteve na audiência.

“A maior parte daquilo que consideramos ser analítico e decorrente de uma interpretação objetiva da realidade não é mais do que o nosso cérebro a racionalizar as emoções que um dado evento despertou em nós” – a afirmação do orador foi simultaneamente reveladora e provocadora. Para o demonstrar, Luís Simões optou por algumas dinâmicas aparentemente não relacionadas que, em poucos minutos, desmistificaram o tema e aguçaram a curiosidade sobre algo com que todos, sem exceção, lidamos no quotidiano: as emoções.

Mas, afinal, como podemos geri-las melhor no trabalho (e não só)? Um primeiro passo será refletirmos em torno do vasto espectro de emoções que existem. Seguindo a mesma lógica de simplificação acima referida, o nosso cérebro e o ritmo de vida acelerado levam-nos a recorrer a um conjunto muito limitado de emoções para definir o nosso estado de espírito. Não raras vezes, quando somos questionados sobre como nos estamos a sentir, cingimo-nos a respostas demasiado simplistas, e altamente evasivas, dizendo que estamos “bem”, “mal” ou “mais ou menos”.

Mas a verdade é que, num só dia, qualquer pessoa passa por diversas emoções, despertadas pelas mais diversas situações. O “truque” consiste em aprender a ouvir-nos a nós mesmos, fazendo o exercício de tentarmos observar-nos de fora. Deste modo, conseguimos ler-nos melhor, interligar eventos e discernir com maior consciência para uma tomada de decisão justificada.

A sessão não terminou sem uma importante advertência de Luís Simões: tão importante quanto ouvir-nos a nós mesmos é sermos capazes de ouvir os outros. Quando trabalhamos em equipa, o aspeto da segurança psicológica revela-se central para se atingir um bom índice de produtividade. Assim, ao vermos um colega indisposto, dando sinais de impaciência e frustração, podemos – e devemos – perguntar o que se passa, ouvir atentamente e procurar ajudar. Nestas circunstâncias, a tendência do ser humano é deixar-se contagiar e reagir com indiferença ou mesmo retribuindo com agressividade. Naturalmente que, neste registo, os bons resultados tornar-se-ão menos acessíveis e o caminho mais longo.

A propósito, o convidado deixou um alerta final sobre o perigo do chavão da “felicidade no trabalho”, pois, independentemente de todos querermos sentir bem-estar ao trabalhar, é normal que tenhamos alturas menos alegres e a tristeza não deve ser ignorada, mas identificada e gerida, seja ao nível individual, seja de uma perspetiva coletiva.

Por fim, partilhamos a sugestão de leitura de Luís Simões sobre o tema: “No Hard Feelings”, de Liz Fosslien e Mollie West Duffy.

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