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Dia da Inovação reflete sobre continuidade e disrupção dentro e fora do Município

Decorreu, no Porto Innovation Hub (PIH), a quarta edição do Dia da Inovação no Município, que este ano obedeceu ao tema “Inovação: Continuidade x Disrupção” em jeito de provocação sobre a forma como uma cultura e prática contínua de inovação devem servir de pilares para identificar e gerir a disrupção. 

Uma plateia composta por cerca de 100 dirigentes das equipas municipais ouviu atentamente os diferentes convidados, tendo os temas variado entre a realidade interna do Município e os avanços tecnológicos mais recentes que tanto têm alterado o modo de funcionamento das organizações e da própria sociedade. 

O evento arrancou com uma conversa entre o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, que também tutela a Inovação e Transição Digital do Porto, e José Manuel Mendonça, que preside o conselho de administração do INESC TEC. Neste primeiro momento houve tempo para abordar a inovação no contexto sistémico com José Manuel Mendonça, cuja experiência e conhecimento do universo industrial é inegável, a destacar as potencialidades de analisar os processos industriais para, a partir daí, identificar e desencadear oportunidades de inovar.

Em seguida, analisou-se com maior detalhe a prática contínua da inovação entre as equipas municipais. Por um lado, numa visão mais macro dada pela diretora municipal de Gestão de Pessoas e Organização, Salomé Ferreira, que apresentou e caraterizou a jornada formativa das equipas nesta matéria. E, por outro lado, foi explorado o caso concreto do Departamento Municipal da Proteção de Dados, pela voz da sua diretora Ana Leite. A responsável abordou os desafios e ferramentas encontradas para desenvolver a estratégia municipal de valorização de dados, com o apoio da Porto Digital, enquanto toolbox para a inovação e transição digital do Município.

Partindo para a realidade externa, o convidado João Ribeiro falou sobre a inovação aberta praticada na Galp, com exemplos práticos e muito simples do impacto desta componente nas diferentes áreas de negócio e na própria cultura da multinacional.

Desafiados para uma conversa em torno da inteligência artificial e das tendências que é possível antecipar para o futuro próximo, Inês Sousa, da Fraunhofer Portugal, e Luís Sarmento, da Inductiva Research Labs, deram-nos insights valiosos sobre o modo como este tipo de tecnologia deverá ser integrado nas operações e estratégias organizacionais. Face a um tema tão sensível e com tamanho potencial de mudança, os dois oradores abordaram ainda a importância do equilíbrio entre as novas tecnologias e a manutenção da estabilidade e confiabilidade das operações e instituições, adiantando algumas estratégias para mitigar riscos e apostar numa transição suave.

Por fim, a sessão terminou com mais um exemplo da aplicação da tecnologia e inovação na cidade do Porto, sob a alçada do Município, a propósito do projeto dedicado ao índice de dinâmica urbana, uma colaboração entre a Porto Digital e a NOVA IMS. Alinhado com a estratégia nacional, e local, para as cidades inteligentes, este projeto torna clara a relevância dos indicadores urbanos para a implementação de intervenções locais sustentáveis, uma vez que permitem uma tomada de decisão informada e a monitorização do impacto socioeconómico das transformações nas infraestruturas e serviços públicos e no comportamento dos cidadãos.

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