Em 2016, o “Porto Innovation Hub (PIH) – A inovação na transformação da cidade” pretendeu incentivar os cidadãos e outros atores relevantes da cidade a partilhar as suas ideias e a participar nas diversas conversas abertas que assentaram em três temas-âncora: Desenhar a Cidade (acessibilidades + arquitetura e urbanismo + redes), Aproximar ao Sustentável (energia + resíduos) e Transformar a Economia (emprego, empreendedorismo e estruturas de apoio).
Junta da comissão de programação, o PIH desenvolveu uma agenda de eventos abertos à cidade, onde foram organizadas três exposições – “Parque da Cidade”, “Mar de Inovação” e “Transformar a Economia”, bem como a agregação de cerca de 300 ideias e propostas para uma transformação contínua da cidade em múltiplas áreas.
Todas as histórias começam num tempo, num espaço e numa sociedade. Não se pode falar de inovação sem começar por aqui: pela sociedade e por aquilo que é o viver em sociedade. Porquê? Porque a inovação é sempre uma resposta às necessidades/problemas de alguém e estas necessidades são sempre fruto de um tempo específico e de uma sociedade particular.
Estas necessidades podem ocorrer aos mais variados níveis, como por exemplo a cultura, a educação e formação, a coesão social ou o bem-estar. Vamos conhecer alguns dos exemplos de inovação que transformaram o Porto nestas áreas.
Se por um lado a cidade é feita pela sociedade que nela vive, por outro, não há cidade sem determinados parâmetros materiais. Se por um lado tem de haver conhecimento, cultura, educação, coesão social ou saúde, por outro, procurar o bem-estar social é dependente de aspetos muito concretos como acessibilidades, a arquitetura e o urbanismo, e os mais variados tipos de redes. Solo fértil para a inovação!
Nos últimos anos temos assistido a uma tendência para pensar e desenhar as cidades segundo pressupostos de sustentabilidade, para reduzir a pegada ecológica das mesmas e melhorar as condições de vida das pessoas que nelas vivem. Contudo a “cidade sustentável” é um ideal. Não será tanto uma verdade cristalina, mas sim uma referência à qual nos queremos aproximar tanto quanto possível. A inovação tem um papel muito importante neste esforço de aproximação ao sustentável nas mais diversas áreas (energia, resíduos, qualidade do ar, forma urbana, edificado…) e, de facto, nos últimos anos temos assistido a um crescente número de respostas a este desafio.
Por fim, uma das condições de base para a qualidade de vida nas cidades é o emprego. Atualmente, temos vindo a escutar muito sobre novas formas de emprego, sobre o empreendedorismo e sobre estruturas de apoio a ambos – verdadeiras forças de desenvolvimento urbano que dinamizam tecidos económicos e sociais, mercados de trabalhos, cultura e projeção da cidade. Encontramos aqui a noção de cidade como laboratório vivo.
Aqui no Porto há, de facto, toda uma mudança a acontecer nestes campos – o Porto afirma-se hoje como um agregador de inovação e empreendedorismo e tem vindo a assistir a uma transformação surpreendente do seu perfil empresarial. O Porto tem sido propício à criação de empresas inovadoras com elevada capacidade de empregabilidade e captação de talento. Tudo isto tem, por sua vez, um grande potencial de transformação da cidade.
Viver em sociedade
Desenhar a cidade
Aproximar ao sustentável
Transformar a economia
Relatório de Síntese - A Inovação na Transformação da Cidade
O conteúdo em discussão foi reunido numa publicação editada em português e inglês, que tem sido amplamente distribuída – “A inovação na transformação da cidade”.
Este relatório sintetiza a série de 25 debates públicos sobre o tema “A Inovação na Transformação da Cidade”, promovidos pela Câmara Municipal do Porto entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017 no Porto Innovation Hub.