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Experiências Digitais Responsáveis: de que forma a tecnologia pode estar ao serviço da sociedade

Num contexto em que os utilizadores se têm tornado mais atentos ao impacto das suas escolhas no panorama social, a exigência por maior responsabilidade e transparência por parte das organizações tem vindo a aumentar. Isto significa que os cidadãos procuram serviços e produtos inovadores, mas exigem cada vez mais que estes estejam alinhados com valores éticos e sociais.

Foi sob este mote que Sofia Carvalho, especialista em Design de Experiência há mais de uma década, inaugurou mais um ciclo do City Café com uma reflexão sobre o tema “Experiências Digitais Responsáveis”. 

A tecnologia ao serviço das pessoas e comunidades

Para a convidada, a tecnologia deve estar ao serviço das pessoas, capacitando-as para a tomada de decisões mais conscientes e positivas para as respetivas comunidades. “Acredito que a tecnologia e as experiências digitais devem empoderar os utilizadores no sentido de tomarem melhores decisões sobre as suas ações e o impacto das mesmas na comunidade, destacou.

Durante a sessão, foram discutidas formas inovadoras de criar produtos mais éticos e sustentáveis, desafiando práticas que colocam interesses comerciais acima das necessidades dos utilizadores. Segundo a especialista, é fundamental que o design digital não resolva apenas problemas técnicos, mas também tenha um impacto positivo na sociedade.

Os cinco pilares das experiências digitais responsáveis

A oradora introduziu cinco fatores essenciais para garantir produtos digitais desenvolvidos de forma ética e sustentável:

  • Transparência – A crescente consciência dos utilizadores sobre a utilização dos seus dados exige que os produtos digitais reforcem o compromisso com a privacidade e a segurança.
  • Inclusão – As experiências digitais devem ser acessíveis e representativas, garantindo que todas as identidades e caraterísticas sejam bemvindas.
  • Impacto na comunidade – A tecnologia deve aproximar as pessoas, mas também pode gerar impactos negativos nos espaços físicos e sociais. Por isso, é essencial que os produtos digitais promovam conexões genuínas e com impacto positivo.
  • Bemestar digital – A relação das pessoas com a tecnologia deve ser equilibrada, evitando o excesso de estímulos e promovendo uma utilização mais consciente.
  • Sustentabilidade – As soluções digitais têm um impacto ambiental significativo. É fundamental que sejam desenvolvidas com eficiência energética e preocupações ecológicas. 

Tecnologia e responsabilidade cívica 

Um dos pontos mais debatidos na sessão foi o impacto do mundo digital na vida comunitária. Estará a tecnologia a afastar-nos da comunidade? Para Sofia Carvalho, a resposta passa pela forma como a utilizamos.

“A tecnologia pode incentivar comportamentos responsáveis e solidários, ajudando-nos a cuidar da cidade e das pessoas”, sublinhou. Como exemplo, referiu aplicações que sugerem percursos sustentáveis, incentivam visitas a espaços verdes ou promovem negócios locais.

Estas soluções tecnológicas podem ainda reforçar hábitos mais sustentáveis, como o uso de transportes públicos, bicicletas ou a adesão a viagens partilhadas, permitindo ao utilizador acompanhar as suas poupanças de CO₂ e até receber incentivos por escolhas ecológicas.

Com um design otimizado para a sustentabilidade, códigos leves e funcionalidades que minimizam o consumo de energia, estas aplicações demonstram como a tecnologia pode ser uma aliada na construção de um futuro mais sustentável e inclusivo.

A próxima sessão do City Café vai acontecer no dia 13 de fevereiro, com Joana Bordalo, sobre o tema «Inovação em Educação», no Porto Innovation Hub, pelas 13h30.

 

 

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